Pelo menos desde o século XIV existe indústria de bonecas, fabricadas em pasta de papel ou em madeira. No entanto elas eram um objeto de luxo, permitido apenas nas famílas mais ricas. No século XIX, as bonecas mais apreciadas eram as de porcelana chinesa, cera e pasta de papel. É nesta altura que o surgimento de uma nova classe social, a Burguesia, com um forte poder de compra, faz aumentar a produção de bonecas - em França, na Alemanha e depois nos EUA. No Algarve, e principalmente no meio rural, as crianças começavam a trabalhar cedo. O tempo para brincar era pouco, bem como o dinheiro para comprar brinquedos. Daí que até à segunda metade do nosso século as bonecas vindas de outros países só podiam ser encontradas nas casas mais ricas. Nas famílias burguesas, surge o quarto de brincar como um sinal da preocupação com a criança e o seu bem-estar, mas também como mais um modo de esta classe em ascensão demonstrar a sua riqueza.
Algumas peças do trajo típico são tão originais que podem por si só identificar o grupo - como o kilt escocês, ou as socas de madeira holandesas. Existem também figuras de um país que se tornam símbolo dele - a Sevilhana, ou a Baiana -, ou que são criadas com esse objectivo, como nos Estados Unidos da América a de Uncle Sam, ou na Russia as Matryoshkas. As bonecas podem representar, mais do que apenas o trajo, também tradições rituais, profissões características, ou até serem produzidas com as matérias e pelos métodos tradicionais do grupo social a que pertencem.
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